top of page

Como vencer a compulsão por comida?

Atualizado: 28 de out. de 2020

A comida pode se tornar um vício e passar a ocupar um espaço exagerado na nossa vida. A dependência de comida também pode afectar o equilíbrio do peso e deve ser trabalhada.


Compulsão por comida

O termo compulsão alimentar é geralmente atribuído à episódios alimentares nos quais a pessoa ingere uma quantidade anormal de alimentos em um curto período. Definir a margem ou limite entre o consumo alimentar saudável e a adição não é tão simples, uma vez que nos alimentos em vários momentos do dia e podemos facilmente associar o acto de comer à uma necessidade fisiológica.

Ao olharmos para as outras áreas da nossa vida, retiramos o foco da comida e plantamos sementes positivas para equilibrar pilares importantes ...

Algumas atitudes ou características nos ajudam a identificar uma possível dependência de comida:

  • Comer sem se sentir capaz de parar, mesmo quando já estamos fisicamente saciados. Por exemplo quando a pessoa abre uma tablete de chocolate e não consegue parar até terminar toda.

  • Comer sem fome, apenas por ansiedade, algum estresse ou momento de vulnerabilidade emocional.

  • Comer em grande quantidade, principalmente produtos ou alimentos que despertam um desejo incontrolável de os consumir. Exemplo: produtos à base de açúcar e farinha refinada (bolos, pastéis, doces); produtos com gordura saturada e sal (frituras, aperitivos salgados, snacks, gelados); chocolate.

  • Pouca atração por frutas, verduras e hortaliças.

Como superar a dependência de comida?

Alimentação equilibrada

O tratamento para a compulsão alimentar é complexo e envolve uma equipa multidisciplinar, já que pode ser multifactorial (alterações sociais, psicológicas, eventos adversos, desequilíbrio emocional, nutricional e outros) e os produtos causadores de dependência estão disponíveis à toda a hora e sem restrição. Pessoas que buscam emagrecer, também são muitas vezes expostas à dietas da moda com promessas apelativas de resultados rápidos com métodos pouco saudáveis que acabam por propiciar transtornos alimentares. É necessário identificar a raíz do problema, para tratar da melhor forma. Aqui ficam apenas alguns conselhos gerais que podem ajudar a reduzir essa necessidade de alimentos exagerada:

  • No preparo dos pratos, preferir os alimentos frescos, que carregam mais nutrientes e reduzir o consumo de alimentos processados e ultra-processados, já que levam geralmente uma quantidade grande de açúcar e sal refinado, aditivos e conservantes, que potenciam o problema.

  • Prevenir as oscilações bruscas do nível de glicose sanguínea, associadas ao consumo de muitos alimentos refinados principalmente carbohidratos, mantendo uma dieta alimentar baseada preferencialmente em gorduras boas, carbohidratos integrais em quantidade moderada, fibras, proteínas de qualidade e frutas e verduras. Além disso, o consumo equilibrado desses nutrientes vai favorecer a saciedade prolongada.

  • Fazer a dessensibilização do açúcar consumindo nas primeiras horas e ao longo do dia, bebidas com o sabor amargo e azedo ex. água com limão, chá verde sem açúcar, sumos verdes.

  • Evitar fazer dietas extremamente restritivas e sem acompanhamento, já que estas podem levar à episódios de compulsão subsequentes e causar um transtorno alimentar.

  • Beber mais água ao longo do dia (no mínimo 2 litros).

  • Utilizar alimentos que contêm substâncias capazes de promover o equilíbrio e agregar mais benefícios como termogénicos naturais, fitoterápicos, polifenóis e fitoquímicos (ver imagem abaixo).

Alimentos funcionais

Inserir hábitos que favorecem o equilíbrio hormonal e emocional, como meditação, prática de exercícios físicos, um hobbie que promova prazer e bem-estar, tempo de qualidade com a família e amigos, alguma actividade de voluntariado ou contribuição social, um projecto nosso de vida ou profissional, também são aspectos importantes para vencer a compulsão alimentar.


Ao olharmos para as outras áreas da nossa vida, retiramos o foco da comida e plantamos sementes positivas para equilibrar pilares importantes para a nossa saúde e qualidade de vida.

Não se esqueça de procurar ajuda profissional se sentir que precisa.

REFERÊNCIAS:

  1. PUJOL, Ana Paula. Nutrição aplicada à estética. Rio de Janeiro: Editora Rubio. 2011

  2. Meule, Adrian. "The psychology of food cravings: The role of food deprivation." Current nutrition reports (2020): 1-7.

  3. Taetzsch, Amy, et al. "Food cravings: Associations with dietary intake and metabolic health." Appetite (2020): 104711.

  4. Stapleton, Peta, et al. "An initial investigation of neural changes in overweight adults with food cravings after emotional freedom techniques." OBM Integrative and Complementary Medicine 4.14 (2019): 10-21926.

  5. Soihet, Julie, and Aline David Silva. "Efeitos psicológicos e metabólicos da restrição alimentar no transtorno de compulsão alimentar." Nutrição Brasil 18.1 (2019): 55-62.

16 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page